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21 de julho de 2020
Engana-se quem pensa que o autocuidado, amplamente propagado durante o isolamento social exigido pela pandemia da Covid-19, se resume aos cuidados com a pele e a aparência em geral. Criado intencionalmente no dia 24/7, o Dia Internacional do Autocuidado destaca a importância de cuidar de forma responsável da própria saúde, 24 horas por dia, sete dias por semana, embasado em sete pilares essenciais: fontes confiáveis de informações; autoconhecimento; prática de atividade física; adoção de alimentação saudável; redução de hábitos ruins (como fumar e consumir bebida alcoólica em excesso); hábitos de higiene e a correta utilização dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs).
Diante do atual cenário da Covid-19, discutir a prática do autocuidado se faz altamente necessário, afinal a pandemia evidenciou o quanto os hábitos e as atitudes individuais atuam na preservação da nossa saúde e, principalmente, impactam na sustentabilidade dos serviços público e privado de saúde. Para Marli Sileci, Vice-Presidente Executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), o autocuidado deve ser parte da estratégia de saúde pública do Brasil. “Uma população com melhor qualidade de vida tem inúmeros reflexos sociais, políticos e econômicos. Se considerarmos apenas o impacto provocado pela correta utilização dos MIPs, por exemplo, já contaríamos com enorme economia gerada por idas desnecessárias aos hospitais e consultórios médicos”, explica.
Este impacto positivo na economia já foi comprovado em um levantamento realizado pela Associação Latino-americana de Autocuidado Responsável (ILAR), que reuniu dados de cinco países – Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile. Por ano, em média, os cinco países gastam juntos US$2,7 bilhões de dólares anuais em consultas e procedimentos desnecessários na saúde pública. Caso a prática do autocuidado fosse difundida e implementada em seus programas para cuidar apenas de 50% dos casos de quatro doenças simples – diarreia, resfriado, lombalgia e candidíase vaginal – a economia em seus sistemas públicos poderia ser de aproximadamente US$1,3 bilhão.
Um outro estudo, publicado no Jornal Brasileiro de Economia e Saúde, mostrou que no Brasil o uso responsável dos medicamentos isentos de prescrição é capaz de gerar uma economia de R$400 milhões ao sistema público de saúde. O trabalho também calculou o impacto de retorno de investimento: para cada R$ 1,00 gasto com um MIP, foram economizados até R$ 7,00.
Porém, no Brasil, ainda há muito a ser feito, principalmente no que diz respeito à orientação e educação da população sobre a correta utilização dos medicamentos isentos de prescrição. “Há uma diferença entre autoprescrição e automedicação responsável como forma de autocuidado definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No primeiro caso, o paciente faz uso de medicamentos tarjados sem a prescrição médica. Com o autocuidado, o paciente – além de poder contar com a orientação de um farmacêutico ou outros profissionais da saúde – faz uso de remédios que não exigem receita por conta de sua eficácia e segurança comprovada”, explica Juan Thompson, diretor geral da Associação Latino-americana de Autocuidado Responsável (ILAR).
E é neste sentido que a ABIMIP vem atuando, tanto na orientação e educação da população e da indústria, quanto na sensibilização dos setores públicos para a correta discussão sobre o impacto econômico dessa categoria de medicamentos. “Desejamos que essa data também se replique nacionalmente. O Projeto de Lei do Deputado Federal, Juninho do Pneu, para criação do Dia Nacional do Autocuidado já está em tramitação na Câmara dos Deputados (PL 3099/2019) e aguarda parecer da Comissão de Seguridade Social e Família. Com a inclusão desta data em nosso calendário local, seríamos capazes de criar programas de política pública para valorizar ainda mais a prática do autocuidado”, afirma Marli.
Sobre o Dia Internacional do Autocuidado
Comemorado em 24/7, o Dia Internacional do Autocuidado foi criado para lembrar a importância de estar atento à própria saúde 24 horas por dia, sete dias por semana. Trata-se de uma prática estimulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que diz respeito a uma atitude ativa e responsável em relação à qualidade de vida sob sete pilares:
Sobre a ABIMIP
A ABIMIP (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição) é uma associação sem fins lucrativos que representa 20 empresas entre os principais fabricantes nacionais e internacionais de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) que, juntos, representam aproximadamente 80% do mercado farmacêutico relevante desse tipo de produtos. Fundada em 1994, a associação tem como missão apoiar o sistema de saúde para que os brasileiros possam tomar decisões em relação ao autocuidado de forma responsável, consciente e segura, promovendo, assim, uma sociedade mais saudável e com maior liberdade de escolha. Para conhecer mais sobre a ABIMIP, acesse o site www.abimip.org.br.
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