19 de novembro de 2024
14 de fevereiro de 2014
Compra da Galderma pela Nestlé ressalta desafio na saúde
Da Redação
A Nestlé pagou US$ 3,6 bilhões para assumir o controle completo da Galderma, a empresa de dermatologia que revitaliza a pele. O CEO da Nestlé, Paul Bulcke, terá que fazer o mesmo na unidade para impulsionar o crescimento.
Fabricante de tratamentos para a acne e para a psoríase, a Galderma passará a ser parte de uma nova divisão conhecida como Nestlé Skin Health, com um estoque de marcas que vai de drogas de venda sob receita a sabonetes e protetores solares para a pele, o cabelo e as unhas de venda livre.
Trata-se da mais recente tentativa da Nestlé de entrar no ramo da saúde, setor que promete um crescimento mais rápido e maiores margens de lucros do que o principal negócio da empresa suíça, a comida.
“Do ponto de vista da Nestlé, há benefícios na diversificação, e o cuidado da pele possui margens altas e um forte potencial de crescimento”, disse Oru Mohiuddin, analista da Euromonitor International, em Londres. “Mas 2013 não foi um ano fácil para a Galderma e eles estão se preparando para os desafios à frente”.
A Nestlé está contando com o controle completo para ajudar a unidade a reviver seu desempenho. O crescimento das vendas da Galderma desacelerou no ano passado para 3,9 por cento, abaixo do ritmo superior a 10 por cento de anos anteriores, pois a maior concorrência de produtos genéricos nos EUA reduziu as margens.
A Galderma contratou quatro gerentes novos, reorganizou suas unidades empresariais e agora dependerá mais da pesquisa global, da distribuição e do poder de marketing da Nestlé. Uma Galderma autônoma “nos dá uma maior liberdade porque de vez em quando era bastante restritivo” ser donos conjuntos, disse recentemente o presidente da Nestlé, Peter Brabeck-Letmathe.
IMITANDO OS RIVAIS
A expansão para além da comida imita a estratégia perseguida por companhias de produtos para consumidores como a Procter Gamble e a Unilever: ambas abandonaram ativos de comida na última década para se focarem em marcas de cuidado pessoal como a Dove e a Gillette.
Fonte: Exame.com